ANO DE LUTAS DOS REFORMADOS CONTRA
O PACTO DE RAPINA DA TROIKA
2012 – ANO DO 7º CONGRESSO DO MURPI
O ano de 2012 foi, como se previa no Plano de Actividades da Confederação MURPI, um ano exigente na mobilização das organizações do MURPI para a defesa dos direitos dos reformados, pensionistas e idosos fortemente ameaçados pelas medidas do Orçamento do Estado para 2012.
No cumprimento desta orientação, podemos e devemos considerar a realização do 7º Congresso do MURPI, a confluência de todas as acções de luta dos reformados organizados nas estruturas do MURPI.
As actividades desenvolvidas pela Direcção da Confederação centraram-se nos seguintes eixos principais:
– Promoção de sessões/debate com as Federações e Associações
– Organização do XVII Piquenicão Nacional
– Realização do 7º Congresso do MURPI
Todas estas iniciativas foram executadas no contexto de forte ofensiva governamental contra os direitos dos trabalhadores e reformados, na sequência da aplicação das medidas de austeridade e de afrontamento dos direitos sociais dos portugueses, contidas no Pacto de Rapina da Troika e numa situação de grande debilidade (reduzido a 4 membros) da estrutura do Secretariado da Direcção da Confederação MURPI.
Com o apoio e o envolvimento das Federações foram realizadas duas sessões no distrito de Setúbal, uma sessão em Montemor-o-Novo, uma sessão em Beja, uma sessão em Tortosendo, uma sessão no Porto e uma sessão em Peniche, todas com a participação de muitos dirigentes e activistas do MURPI.
Em todas estas sessões tivemos como objectivo reforçar a consciencialização dos reformados no processo de resistência e luta contra a austeridade, ao mesmo tempo que, a partir da auscultação dos principais problemas sentidos pelos reformados, procurámos materializá-los no programa de acção a ser elaborado para o 7º Congresso do MURPI.
Em Peniche preparámos as acções que iriam conduzir à constituição da Comissão Instaladora da Federação das Associações de Reformados do Distrito de Leiria que foi legalizada no ano de 2012.
Participámos, em Santo Antão do Tojal, numa Assembleia geral da FARPIL, no dia 1 de Março, com a participação de numerosas Associações do distrito de Lisboa, onde tivemos a oportunidade de mobilizar os dirigentes e auscultar as opiniões para o 7º Congresso do MURPI.
Realizámos outras sessões em São João dos Montes, Marinha Grande, Sacavém e em Alcórrego.
Simultaneamente, mantivemos um contacto estrito com a Federação de Santarém com o objectivo de realizar o XVII Piquenicão em Alpiarça, que foi um grande êxito, com a participação de mais de três mil pessoas e intervenção de 40 Grupos de Cantares e de Música, além do Grupo de ginástica e de uma peça de teatro.
A decisão de realizar o 7º Congresso do MURPI em Lisboa constituiu uma medida acertada, pela centralidade que demos à iniciativa, embora a sua concretização necessitasse da mobilização de muitos recursos logísticos, pelo insuficiente apoio concedido pela Câmara Municipal de Lisboa. Com o apoio de organizações unitárias de trabalhadores e do empenho das Federações conseguimos apoio material, financeiro e logístico necessários para que o Congresso tenha decorrido com êxito.
A preparação do 7º Congresso foi uma oportunidade de poder avaliar as nossas capacidades organizativas, quer na elaboração do Programa de Acção 2012/15, quer na apresentação de uma lista de dirigentes que garantisse o envolvimento de todas as estruturas do MURPI na futura Direcção da Confederação.
O reforço financeiro do MURPI foi parcialmente atingido pela forte participação e intervenção das Federações e Associações de Reformados.
A par destas importantes realizações, garantimos a saída regular e atempada do Jornal “A Voz dos Reformados”, com um conteúdo mais atraente e atractivo, pela intervenção dos seus colaboradores, que ajudou a incrementar um número elevado de novos assinantes; mantivemos uma ligação regular com os assinantes o que nos permitirá no futuro desenvolver uma intensa campanha de angariação de novos assinantes.
Mantivemos uma ligação regular com todas as Associações que endereçaram convites para assistir a eventos comemorativos realizados nas Associações.
Participámos e mobilizámos para as grandes iniciativas promovidas pelo Movimento Sindical Unitário e outras organizações unitárias como a InterReformados, o MUSP, a Associação 25 de Abril e o Conselho Português para a Paz e Cooperação.