MURPI – FORÇA DE ABRIL, DE CONSTRUÇÃO E LUTA
2015 foi o ano de consolidação das ações promovidas pela Direção ao longo do triénio 2012-2015.
Inscrevemos no ano de 2015 um conjunto de iniciativas centradas na realização do 20º Piquenicão Nacional, Dia do Idoso, 8º Congresso do MURPI e outras ações reivindicativas de mobilização dos reformados.
As ações que desenvolvemos ao longo de 2015 permitiram garantir o êxito da realização do 20º Piquenicão, em Benavente, e o 8º Congresso Nacional, em Lisboa.
O MURPI foi a organização que protagonizou o protesto e a luta de milhares de reformados contra a política de austeridade e de empobrecimento do anterior Governo PSD/CDS-PP, lutas que contribuíram de forma positiva para os resultados eleitorais de 4 de outubro e para a solução governativa decorrente dos mesmos resultados.
PIQUENICÃO NACIONAL – AÇÃO CULTURAL DE MASSAS
O 20º Piquenicão Nacional, realizado em maio de 2015, em Benavente, foi um êxito quando analisado, quer nos aspetos relacionados com a organização, quer na participação dos reformados e dos Grupos de Cantares das Associações.
Com os apoios da Câmara Municipal de Benavente e da Associação de Reformados do Concelho de Benavente foi possível garantir a participação de maior número de Associações e oferecer as melhores condições para a sua realização.
O êxito do 20º Piquenicão resultou, também, da experiência colhida de outros Piquenicões – Alpiarça, Crato e Grândola -, tendo sido possível corrigir e ultrapassar algumas dificuldades sentidas na sua realização.
Embora as iniciativas para a recolha de fundos tenham revelado uma significativa melhoria, ficou muito aquém das reais possibilidades.
Esta iniciativa é uma realização do agrado das organizações dos reformados e permite a mobilização entusiástica de massas devendo, por este motivo, ser preparada cada vez com maior cuidado, com o objetivo de intervir melhor e ganhar mais a confiança dos reformados na valorização da sua organização, o MURPI.
A LUTA DOS REFORMADOS – PELA DEFESA DOS SEUS DIREITOS E PELA AFIRMAÇÃO DO MURPI
Durante o ano foi possível garantir a mobilização e participação de milhares de reformados e pensionistas nas numerosas iniciativas de protesto e de exigência, quer promovidas pelo movimento sindical unitário, quer promovidas, de forma descentralizada, pelo MURPI nas MARCHAS DE ABRIL, nas comemorações do 25 de Abril e promovidas em todo o País, nas comemorações do Dia do Idoso.
As lutas desenvolvidas contribuíram de forma decisiva para a consciencialização dos reformados em torno da defesa dos seus direitos e no reforço do MURPI, como organização representativa dos reformados: Estas lutas também contribuíram para os resultados eleitorais que permitiram a derrota da Coligação PSD/CDS-PP e o encontro da solução governativa que criou novas expectativas e um novo impulso à luta dos reformados.
8º CONGRESSO NACIONAL DO MURPI – CONGRESSO DA CONSOLIDAÇÃO DO MURPI
A preparação do 8º Congresso Nacional do MURPI permitiu a realizações de encontros dos dirigentes e associados das estruturas organizativas do MURPI em vários distritos – Beja, Évora, Porto e Setúbal – além de outras iniciativas com as restantes Federações.
Deste trabalho resultou o êxito da realização do 8º Congresso, com a participação de centenas de delegados e convidados, o elevado nível das intervenções dos seus delegados no aprofundamento da análise dos problemas que mais afetam os reformados, a eleição dos Corpos Sociais para o triénio 2015/2018 e a aprovação do Programa de ação e de outros documentos reivindicativos.
“A VOZ DOS REFORMADOS” – COMUNICAR MELHOR
A Direção da Confederação garantiu a publicação regular do Jornal “A Voz dos Reformados”, melhorando o seu conteúdo e garantindo a subscrição de novos assinantes que ficou, no entanto, aquém do objetivo pretendido. O financiamento do Jornal continua a ser uma preocupação cada vez mais crescente, se tivermos em conta o aumento de custos da sua expedição, mantendo-se há mais de uma década o valor simbólico do preço da sua assinatura anual.
A criação do sítio na internet e do facebook reforçou os meios de comunicação nas redes sociais e garantiu uma informação atualizada das atividades desenvolvidas pela Confederação. Pensamos que esta solução deve merecer um maior apoio para garantir melhor articulação com as diversas estruturas organizativas do MURPI.
Lutámos com a adversidade dos critérios dos órgãos da Comunicação Social, em especial do setor público, que repetidamente silenciam a nossa voz e as nossas iniciativas, procurando promover outras organizações de reformados.
Manifestámos o nosso desacordo e o nosso protesto em todas as situações de discriminação a que temos sido votados.
Cremos que necessitamos de maior audácia na intervenção pública, no sentido de denunciar esta situação injusta e segregadora.
INICIATIVAS SOLIDÁRIAS – A LUTA UNITÁRIA
O MURPI, os seus dirigentes e ativistas desenvolveram e colaboraram em numerosas iniciativas intervindo com a sua presença solidária, quer em numerosos eventos comemorativos dos aniversários das Associações, quer na participação nos debates organizados em diversos distritos (Porto, Leiria, Lisboa, Covilhã, Santarém, Évora, Litoral Alentejano, Setúbal, Beja, Faro e Funchal) pelas estruturas organizativas do MURPI, quer nas iniciativas públicas de luta reivindicativa, quer ainda nas ações junto de órgãos de soberania, promovidas pela iniciativa da Direção do MURPI.
Todos estes eventos que contaram com a participação de milhares de reformados reforçaram a identidade do MURPI e a sua capacidade de intervenção e afirmação como organização representativa de todos os reformados.
Também participámos em todos os eventos promovidos pelo Movimento Sindical Unitário, pela Inter-reformados/CGTP-IN, pelo Movimento Democrático de Mulheres, pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, pelo Movimento de Erradicação da Pobreza, pela Associação Conquistas da Revolução, pela União dos Resistentes Antifascistas Portugueses e pela Comissão Promotora das Comemorações do 25 de Abril, organização da qual somos parte integrante.
CONCLUSÕES:
- O Plano de Atividades para 2015 foi cumprido.
- O MURPI ficou reforçado na sua identidade e representatividade.
- Um exigente conjunto de iniciativas políticas, protagonizadas pelo MURPI, deu expressão ao descontentamento e protesto dos reformados e pensionistas contra a política de austeridade do anterior Governo.
- Os órgãos dirigentes da Confederação MURPI viram reforçadas as suas condições para o trabalho futuro com a eleição dos Corpos Sociais no 8º Congresso e no cumprimento do Programa de Ação para o triénio 2015-2018.
Lisboa, 15 de março de 2016.