O País e os reformados foram surpreendidos com as declarações da Ministra das Finanças ao anunciar a pretensão do Governo em amortizar gradualmente até 2019 os cortes das pensões e simultaneamente proceder ao seu agravamento em 2016.
Estas declarações vêm no sentido contrário da resolução aprovada por milhares de reformados, no passado dia 11 de Abril, reclamando o aumento generalizado das suas pensões.
O Governo foi contrariado, por sucessivos chumbos do Tribunal Constitucional e pela luta dos reformados e pensionistas:
– quando pretendeu aprovar a Contribuição de Sustentabilidade em substituição da Contribuição Extraordinária de Solidariedade
– quando teve de repor os subsídios de Natal e de Férias retirados em 2012. Porém, continua a sua ofensiva.
Os reformados não permitirão que a sustentabilidade da Segurança Social se faça à custa dos rendimentos a que têm direito. As sucessivas medidas que o Governo tem vindo a tomar, visam a fragilização financeira da Segurança Social e o empobrecimento generalizado da grande maioria dos portugueses.
O Governo reduz a contribuição das entidades empregadoras, aprova perdões fiscais, delapidando as receitas da Segurança Social e, ao mesmo tempo, invoca o argumento da insustentabilidade para cortar 578,8 milhões de euros nas despesas com prestações sociais.
O Governo pretende descapitalizar a Segurança Social, degradar o funcionamento dos serviços sociais com o despedimento de trabalhadores para promover a sua privatização à custa do retrocesso social dos portugueses.
Cada dia que passa, mais urgente se torna a necessidade de afastar este Governo e resistir e lutar contra as suas medidas de austeridade em unidade com todos os trabalhadores.
A Confederação MURPI apela a todos os reformados e pensionistas a participarem nas comemorações do 25 de Abril e do 1º de Maio e afirma a sua disponibilidade para continuar a luta pela derrota da política deste Governo.