O Governo ao anunciar a aprovação de um subsídio de 240 euros numa só prestação destinada às pessoas com rendimentos mínimos reconhece o aumento da inflação no decurso deste ano e a perspetiva que a inflação continue elevada nos próximos meses.
O Governo sabe que ao atribuir um subsídio em vez de aumentar salários e pensões causa redução permanente do poder de compra a todos os trabalhadores, a todos os reformados, pensionistas e idosos.
O Governo tinha obrigação de promover o aumento de todas as prestações sociais, nomeadamente o complemento solidário para idosos, alargando ainda os critérios para a sua atribuição, combatendo assim a pobreza.
O Governo tinha obrigação de promover o controlo dos preços de bens essenciais (alimentares e energéticos) para fazer face à espiral do aumento da inflação.
O Governo devia ouvir o MURPI e proceder ao aumento extraordinário mínimo de 60 euro mensais a todos os reformados, aposentados e pensionistas.
O Governo devia estar atento e dar resposta às 10 Medidas de Emergência, exigidas pelo MURPI.
O aumento galopante do custo de vida resultante do aumento da inflação e da ausência de uma política que assegure o controlo de preços no cabaz de compras, como o MURPI propõe e exige no documento das 10 Medidas de Emergência, é a face visível da política deste Governo que aposta no empobrecimento dos trabalhadores e reformados ao mesmo tempo que condescende com o aumento escandaloso de lucros de grandes grupos económicos.
Só pela luta na defesa da reposição do poder de compra das pensões e na sua valorização anual, os reformados, pensionistas e idosos contribuirão para a garantia do aumento justo e necessário de todas as pensões.
A luta continua.